Desde 2004, o Pew Research Center survey data publica um estudo sobre o estado da mídia nos Estados Unidos, o State of the Media. O relatório divulgado na semana passada traz duas notícias significativas para o jornalismo: a opção por ler notícias na web cresceu nos últimos anos em relação a outros veículos e empresas de tecnologia começam a investir em produção de conteúdo próprio. A pesquisa foi realizada e se aplica aos EUA, mas o comportamento da audiência americana não demora a se refletir por aqui.
CONSUMO DE NOTÍCIA
Em dezembro de 2010, 41% dos americanos citaram a internet como o local para notícias nacionais e internacionais, 17% superior ao ano anterior. Quando questionados sobre qualquer tipo de notícia, 46% afirmaram ler notícias na web pelo menos três vezes por semana, passando, pela primeira vez, a preferência pelo jornal impresso, que ficou em 40%.
NOVOS INTERMEDIÁRIOS
Google e Facebook são os novos intermediários de notícias, papel desempenhado pelas grandes empresas de mídia até então. Essas companhias agregam e conectam conteúdos por meio das ferramentas de busca e compartilhamento. E eles possuem o bem mais valioso: conhecem a audiência e produzem conteúdos dirigidos (user-directed world). Neste ponto há uma conclusão controversa: content is no longer king.
AGREGADORES
Depois de muitos anos investindo na tecnologia de agregar conteúdos, empresas onlines de tecnologia agora investem em produção de conteúdo. Só em 2010 a AOL contratou 900 jornalistas e depois demitiu 200 com a aquisição do HuffPost. Yahoo! também é citada como exemplo de reestruturação em 2010 por contratar dezenas de jornalistas e montar projeto de jornalismo nos EUA.
Mais sobre a pesquisa:
O relatório completo pode ser lido aqui, em inglês
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Whos owns the news media